Entendendo a adolescência

A adolescência é um período de transição e descobertas! Costuma ser um processo desafiador tanto para o adolescente quanto para seus pais que se mostram muitas vezes apreensivos e até mesmo perdidos frente às novas demandas.

É um momento em que o filho(a) vai perder a identidade de criança, com suas características e comportamentos próprios e vai em busca da própria identidade.

O adolescente tem pressa de amadurecer. Muita pressa! Inclusive, o que irá caracterizá-lo é sua recusa em ainda ser criança. Ele não quer se sentir e muito menos se mostrar criança.  Assim, esforça-se para ser o que ainda não é, como se magicamente pudesse ser convertido de menino(a) em adulto.

As mudanças físicas são visíveis e acontecem rapidamente, assim como as questões relacionadas ao amadurecimento emocional, como a necessidade de ser aceito pelo grupo, a validação da auto-imagem pelos amigos, o idealismo acentuado, a intolerância às diferenças e etc, e junto a tudo isso, constantes variações de humor e de ânimo.

Mas a principal transformação de todas, sem dúvida alguma, está na formação da identidade e na solidificação de tudo aquilo que foi vivenciado na infância.

Dentro desse contexto, o adolescente rompe com o passado, mais precisamente a infância e os pais, e começa a trilhar novos caminhos. Muitas vezes, inseguro e temeroso, volta-se para os amigos, como forma de assegurar o desenvolvimento da própria individualidade.

Os adolescentes precisam de grupos e experimentam diversos para tentar se encaixarem e se sentirem aceitos e pertencentes.

Se a compreensão do universo adolescente é um desafio para os pais, que já vivenciaram essa fase, imagina para os próprios adolescentes que estão no meio do turbilhão.

Para lidar com tudo isso, o apoio dos pais na fase anterior é fundamental, pois uma adolescência saudável começa na infância.

Qual o papel dos pais na adolescência de seus filhos?

Permanecer presentes, vigilantes, entretanto, com certa discrição, aceitando a distância que o adolescente estabelece nesse período. Respeitar a individualidade e os silêncios, sem lhe pedir sempre para falar e contar sua vida. Ele está tentando construir a sua própria identidade.

Resistir às infinitas contestações e oposições do filho, sem se sentir constantemente atacado, não é uma tarefa fácil, porém, fundamental. Pois o adolescente está procurando se distinguir por diferentes meios: crises de rebeldia, cara de reprovação, falta de diálogo e silêncios prolongados, invenção de um novo linguajar, roupas extravagantes, etc. E as contradições? Às vezes, estão entusiasmados e animados e bruscamente tornam-se apáticos e desanimados. Em certos momentos, são individualistas e orgulhosos de si, ou, ao contrário, não se curtem, sentem-se insignificantes e inseguros.

Aposte sempre no diálogo, esteja com o coração e os ouvidos bem abertos para compreender as necessidades do seu filho e auxiliar sempre que for necessário. E uma dica muito importante: Reveja as regras da família e inclua-o nas decisões. Os filhos costumam cumprir os acordos quando são envolvidos no processo de decisão.

E lembre-se, a oposição aos pais, a contestação, a provocação e a rebelião não são provas de desamor, mas sinais de evolução e de maturação.

Amar um filho(a) é ajudá-lo(a) a se separar de nós. Devemos dar espaço para que ele(a) faça suas próprias escolhas, aprenda a superar suas frustrações e aprenda com seus erros, para que possa tornar-se ele mesmo, capaz de realizar os mais lindos vôos. 

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