Eles chegam de forma sorrateira e silenciosa. Seus sinais, muitas vezes, passam despercebidos. Até parecem inofensivos, afinal, qual é o problema em pular uma refeição ou fazer muito exercício físico, por exemplo?
Quando a família chega a perceber, ele muitas vezes, já tomou conta da pessoa.
MAS O QUE SÃO OS TRANSTORNOS ALIMENTARES?
Os Transtornos Alimentares são doenças caracterizadas por alterações persistentes no comportamento alimentar e na maneira de se relacionar com a alimentação, com a auto-imagem e com o peso corporal e que trazem prejuízos físicos, psicológicos e sociais.
Eles não escolhem gênero, etnia, peso corporal, orientação sexual ou classe social. Podem afetar qualquer pessoa e todos os tipos de corpos, mas adolescentes e mulheres jovens estão mais predispostos a desenvolvê-los.
O surgimento dos Transtornos Alimentares (T.A.) é multifatorial, havendo interação de diversos fatores biológicos, psicológicos e sociais. Fatores como: histórico de T.A. ou doenças psiquiátricas na família, problemas de alimentação na infância, baixa autoestima, perfeccionismo ou dificuldade em expressar emoções entre outros, podem predispor um indivíduo ao desenvolvimento de T.A.
TRATAMENTO:
A cura para os transtornos alimentares não é algo simples. Mas é tratável! Muitas vezes se torna uma jornada longa e cansativa, mas é possível sair dessa!
O tratamento é sempre multidisciplinar e deve englobar no mínimo médico psiquiatra, psicólogo e nutricionista. Além disso, a família e amigos também desempenham um importante papel. Rede de apoio é fundamental!
SINAIS DE ALERTA PARA TRANSTORNOS ALIMENTARES:
– Medo intenso e irracional de engordar;
– Preocupação excessiva com o corpo e com tudo que irá comer;
– Restrição alimentar severa;
– Contagem de calorias;
– Pular refeições;
– Ansiedade, sensação de descontrole em situações que envolvam comida;
– Necessidade de compensar o que comeu seja por meio de jejuns, exercícios ou purgação (vômito e laxantes);
– Vício em remédios para emagrecer;
– Episódios de distorção de imagem;
– Comer mais rapidamente que o normal, até se sentir desconfortável, em grande quantidade mesmo sem fome física;
– Comer sozinho por vergonha ou escondido e com sentimento de culpa.
PRINCIPAIS TRANSTORNOS ALIMENTARES:
– Anorexia: Frequentemente a doença inicia-se na adolescência e apresenta comorbidades comuns como sintomas depressivos, ansiosos, fobia social e transtornos de personalidade. Quando a doença encontra-se descompensada apresenta elevado risco de complicações como a desnutrição e o suicídio. É caracterizada por alterações extremas do hábito alimentar. O paciente tem pavor de engordar mesmo estando abaixo do peso mínimo. Apresenta conflito emocional na interpretação da forma do corpo – distorção da imagem corporal. Pode haver uso de drogas laxativas e inibidores do apetite, além de indução de vômitos e exercícios físicos exagerados.
– Bulimia: Há episódios recorrentes de compulsão alimentar com ingestão de grande quantidade de alimentos em curto espaço de tempo, seguido de sentimento de descontrole e culpa e há ações compensatórias como vômitos auto induzidos, uso de medicamentos como laxantes e diuréticos, prática intensa de atividades físicas, jejuns prolongados, etc.
– Compulsão Alimentar: Caracterizada por episódios recorrentes de ingestão de grande quantidade de alimentos sem fome, de forma rápida, muitas vezes sozinho, escondido, com importante sentimento de angústia, culpa e depressão, sem mecanismos compensatórios de purgação. O indivíduo não consegue interromper a refeição mesmo estando plenamente saciado. Pode culminar em obesidade grave.
– Ortorexia: Apresenta obsessão pela alimentação saudável. Sente muita culpa quando come “incorretamente”. É rígido e crítico sobre seu comer e dos outros. Tem baixa opinião das pessoas que não observam com atenção os aspectos saudáveis dos alimentos. Prefere comer corretamente em casa declinando cada vez mais do convívio social com amigos e família.
– Vigorexia: Caracteriza-se pelo excesso de preocupação em ter um corpo forte, musculoso. Exercitam-se em excesso e apesar de fortes, consideram-se fracos. Quase sempre usam suplementos alimentares e anabolizantes, passam horas na academia e seguem dietas rigorosas. Apresenta distorção da imagem corporal.
Este post é informativo e não substitui um diagnóstico feito por um profissional.